Empresários estão otimistas com o rumo da economia e dos negócios neste ano de 2020
Independentemente do cenário no ano, os líderes de empresas pretendem continuar investindo em novas tecnologias e produtos. O andamento de novas reformas e geração de empregos também é esperado do governo por eles, segundo pesquisas da Amcham e da Deloitte.
A maioria das empresas projetam crescimento bom ou muito bom em 2020, segundo pesquisa da Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham Brasil). Dos 40 entrevistados, 85% aposta em projeções de crescimento de até 10% acima de 2019.
A parcela que acredita em um ano muito bom, com alta do faturamento acima de 10%, é de 52% dos executivos. Uma parcela menos otimista, de 15% dos consultados, apontou uma previsão de crescimento entre 0 e 5%.
Investimentos previstos
Para conquistar este crescimento, a maioria das organizações terão dois investimentos principais: inovação e transformação digital; e eficiência e produtividade, ações apontadas por 31% dos consultados pela Amcham.
A aquisição ou investimentos em novos mercados e investimento em pessoas foi citada igualmente por 14%. Uma minoria planeja uma ampliação geográfica no Brasil (14%) ou internacionalizar produtos e serviços (7%), segundo a Amcham.
A Deloitte aponta também os investimentos em treinamento e formação de funcionários, lançamento de novos produtos ou serviços e pesquisa e desenvolvimento. Se o cenário melhorar, no entanto, há disposição para investimentos de maior impacto, como contratações e ampliação de unidades de produção e venda.
Em caso de melhora do cenário em relação ao atual, o investimento em novas tecnologias sobre para 94% do total de entrevistados e a formação de funcionários receberá investimentos por parte de 93% das empresas.
Para esses empresários, investir em novas tecnologias e no aprimoramento do capital humano se torna uma questão-chave na era digital.
Otimismo e incertezas
A maioria dos empresários entrevistados pela Amcham, 72%, acredita em sequência da retomada econômica em 2020, com melhorias nos indicadores de consumo e produção. Outros 25% enxergam um cenário igual a 2019, com possibilidade de evolução dos indicadores só em 2021.
De acordo com os CEOs, apenas uma grande incerteza pode atrapalhar essa recuperação econômica brasileira em 2020. O ponto de preocupação de 69% deles é a governabilidade do presidente Jair Bolsonaro e sua capacidade de liderar a relação do Planalto com o Congresso.
Outros 16% entendem que o quadro fiscal preocupante e dependente de mais reformas estruturais podem gerar incertezas relevantes. Ameaças pela desaceleração da economia global (9%) ou pela falta de confiança de consumidores e investidores (6%) foram citadas por uma parcela menor dos entrevistados.
Expectativas com o governo
Para estimular o crescimento econômico, geração de emprego e a reforma tributária devem ser prioridades para estimular a economia e os negócios no ano, de acordo com estudo da Deloitte.
Oito em cada dez entrevistados apontam que gerar mais empregos deve ser a grande prioridade do governo para o crescimento da economia em 2020.
A maior parte dos entrevistados (72%) indicou que, independentemente do cenário de 2020, pretende manter o atual quadro de funcionários, com ou sem substituições. E quando a perspectiva de melhora da economia se coloca, a maior parcela (58%) passa a sinalizar que pretende aumentar o número de profissionais contratados.
Já para 95%, a reforma tributária deve ser prioridade para estimular um ambiente de negócios mais dinâmico e competitivo, diminuindo o peso e a complexidade dos impostos.
Ainda no âmbito das reformas vistas como necessárias, em segundo lugar, aparece a reforma política, com 86% das respostas. Do total de respondentes, 71% indicam como prioritária a reforma administrativa, seguida da necessidade do combate à corrupção (65%), bem como da desburocratização e das novas privatizações (ambas com 54%).
Outras ações prioritárias do governo, para os empresários, são os investimentos em infraestrutura (ferrovias, rodovias, hidrovias e portos, com 57%), ampliação da participação da economia brasileira no comércio exterior (54%) e aumento do número de concessões e leilões (52%).
A pesquisa da consultoria Deloitte, chamada “Agenda 2020” identificou as percepções e perspectivas de representantes de 1.377 empresas no Brasil, cuja soma das receitas corresponde a 50% do PIB nacional, totalizando R$ 3,5 trilhões em receita no último ano. Do total de participantes, 62% estão em cargos de conselho, presidência e diretoria.
Já a Amcham entrevistou 40 CEOs das maiores companhias em operação no Brasil, reunidos mensalmente na associação.
Fonte: Exame
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