Empreendedora é ex-estudante de medicina, que cinco anos após ter trancado a faculdade, comanda duas lojas e diversas parcerias ganhando R$ 1,5 milhão vendendo doces
Carolina Sales se tornou empreendedora quase sem perceber. Em 2010, a carioca estava no meio do curso de graduação em medicina quando sentiu a necessidade de complementar a sua renda. “A faculdade era cara, então precisava de um dinheiro a mais. Como sempre tive habilidades manuais, comecei a produzir caixinhas decorativas com tecidos e outros materiais”, diz.
Ela percebeu que as caixinhas venderiam ainda mais se tivessem doces elaborados dentro delas. Carolina, que sempre nutriu uma paixão por sobremesas, pediu a ajuda de sua avó, dona Cora, para que ela lhe ensinasse a fazer o brigadeiro congelado, docinho que fazia sucesso nas festas de aniversário durante a infância da empreendedora.
A estudante, que é formada em veterinária, começou as vendas levando os brigadeiros para os colegas de faculdade. Com o sucesso, passou a aceitar encomendas também. Durante os seis meses que se seguiram, o apartamento de Carolina se tornou uma espécie de quartel general para o seu negócio, com caixas e doces para todos os lados. Na época, a empreendedora já contava com a ajuda da avó e mais duas funcionárias. “Não tinha a pretensão de fazer uma coisa séria, mas começou a dar tão certo que persisti. Como precisava de mais espaço, decidi abrir uma loja”, afirma.
Carolina trancou a faculdade de medicina e utilizou os R$ 20 mil que tinha economizado durante os anos em que trabalhou como veterinária para abrir a primeira loja da Brigaderia Chic, em janeiro de 2011, no Shopping Barra Square, no Rio de Janeiro.
Os brigadeiros e os novos doces oferecidos no cardápio da loja – como bolos, brownies e cupcakes – chamaram a a atenção do público. O sucesso foi tanto que ela, na época, recebeu convites para abrir sua loja em outros shoppings.
Ela acredita que a sofisticação de seus produtos foi a chave para chamar a atenção da clientela. “Nessa época o Rio era bem carente de doces gourmet, então tinha gente vindo de tudo quanto é lugar para provar as minhas receitas”, diz.
Foi o brigadeiro congelado que deu início ao sucesso de Carolina (Foto: Divulgação)
Segunda fase
Em 2012, Carolina abria sua segunda loja, dessa vez no Condado de Cascais, na Barra da Tijuca, também na capital fluminense. A abertura deu início a uma nova fase do negócio, que deixou de ser Brigaderia Chic e ganhou o nome de Carolina Sales Pâtisserie de Brigadeiros.
Atualmente, além do atendimento nas lojas e as encomendas para festas e casamentos, a empreendedora mantém uma parceria com a rede de supermercados Zona Sul, que vende sua linha de doces congelados, e com centros de palestras nos quais faz atendimento ao público empresarial. “Eu expandi minha atuação. Quando focamos apenas em um mercado, pode ser perigoso, pois qualquer dificuldade pode destruir a empresa”, afirma Carolina. Em 2014, os negócios de Carolina faturaram R$ 1,5 milhão.
A empreendedora não pretende abrir mais lojas no momento. Há uma razão: ela gosta de administrar a qualidade de perto. E se tiver mais unidades, Carolina acredita que não poderá dispensar o tempo necessário para administrar todas.
“Eu poderia contratar um gerente. Mas ele não terá a mesma dedicação”, diz. No momento, Carolina tem 20 funcionários, que ela mesma treinou. Ela os acompanha com atenção, principalmente durante a produção dos doces.
“É importante manter um padrão e processo. Às vezes com o tempo e a experiência, as pessoas começam a fazer diferente, então gosto de fazer uma ‘reciclagem’ e explicar tudo de novo.”
Por não dar conta de abrir novas lojas da forma que gostaria, Carolina pensa em fazer uma expansão diferente: vender um modelo de negócio que segue os moldes de sua pâtisserie. Nele, a empreendedora dá o treinamento e mostra as melhores formas de gestão de um negócio como o dela, além de ensinisar como se produz os doces. No entanto, após a abertura do novo negócio, Carolina vira apenas uma consultora, dando ao comprador do modelo liberdade para criar uma marca.
O sucesso dos empreendimentos de Carolina também lhe permitiram uma melhoria em sua qualidade de vida. “Agora não preciso mais trabalhar quinze horas todos os dias como no começo do negócio”, diz. Agora, ela passa entre seis e oito horas diárias entre suas lojas, cozinhas e encontros com clientes, tendo um pouco mais de tempo para cuidar da saúde e de sua filha de dois anos.
Fonte: revistapegn
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Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet